Mas porque Almas Castelos? Eu conheci algumas. São pessoas cujas almas se parecem com um castelo. São fortes e combativas, contendo no seu interior inúmeras salas, cada qual com sua particularidade e sua maravilha. Conversar, ouvir uma história... é como passear pelas salas de sua alma, de seu castelo. Cada sala uma história, cada conversa uma sala. São pessoas de fé flamejante que, por sua palavra, levam ao próximo: fé, esperança e caridade. São verdadeiras fortalezas como os muros de um Castelo contra a crise moral e as tendências desordenadas do mundo moderno. Quando encontramos essas pessoas, percebemos que conhecer sua alma, seu interior, é o mesmo que visitar um castelo com suas inúmeras salas. São pessoas que voam para a região mais alta do pensamento e se elevam como uma águia, admirando os horizontes e o sol... Vivem na grandeza das montanhas rochosas onde os ventos são para os heróis... Eu conheci algumas dessas águias do pensamento. Foram meus professores e mestres, meus avós e sobretudo meus Pais que enriqueceram minha juventude e me deram a devida formação Católica Apostolica Romana através das mais belas histórias.

A arte de contar histórias está sumindo, infelizmente.

O contador de histórias sempre ocupou um lugar muito importante em outras épocas.

As famílias não têm mais a união de outrora, as conversas entre amigos se tornaram banais. Contar histórias: Une as famílias, anima uma conversa, torna a aula agradável, reata as conversas entre pais e filhos, dá sabedoria aos adultos, torna um jantar interessante, aguça a inteligência, ilustra conferências... Pense nisso.

Há sempre uma história para qualquer ocasião.

“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc. 16:15)

Nosso Senhor Jesus Cristo ensinava por parábolas. Peço a Nossa Senhora que recompense ao cêntuplo, todas as pessoas que visitarem este Blog e de alguma forma me ajudarem a divulga-lo. Convido você a ser um seguidor. Autorizo a copiar todas as matérias publicadas neste blog, mas peço a gentileza de mencionarem a fonte de onde originalmente foi extraída. Além de contos, estórias, histórias e poesias, o blog poderá trazer notícias e outras matérias para debates.

Agradeço todos os Sêlos, Prêmios e Reconhecimentos que o Blog Almas Castelos recebeu. Todos eles dou para Nossa Senhora, sem a qual o Almas Castelos não existiria. Por uma questão de estética os mesmos foram colocados na barra lateral direita do Blog. Obrigado. Que a Santa Mãe de Deus abençoe a todos.

sábado, 31 de julho de 2010

Crianças, Família e Inocência

No mundo de hoje onde as pessoas correm sempre ocupadas com afazeres, é comum encontrarmos pais que deixam as crianças a mercê da televisão, sem se preocuparem com o seu conteúdo. Quantos simples desenhos quando não transmitem violência, não raro oferecem figuras de monstros para preencher a mente dos pequeninos.

É fato notório que não há mais espaços para as crianças se divertirem como outrora. E as ocupações dos mais jovens nem de longe são as ocupações que tínhamos quando éramos jovens. Isso preocupa muito. A inocência é uma virtude que deve ser preservada como um tesouro a ser guardado. O hábito de contar estórias entre as famílias já quase não existe mais. E é exatamente através das “saborosas” estórias que muitas vezes os pais educam seus filhos, os professores tornam as aulas agradáveis, as conversas se tornam enriquecidas, as famílias se edificam e o apostolado frutifica.

Vemos na Sagrada Escritura o ensinamento de Nosso Senhor sobre a Santa Inocencia:

Trouxeram-lhe também criancinhas, para que ele as tocasse. Vendo isto, os discípulos as repreendiam.
Jesus, porém, chamou-as e disse: Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas.
Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará.
(São Lucas: 18, 15-17)

Neste momento os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus?
Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse:
Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus.
Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus.E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe.
(São Mateus 18: 1-5)

Aí de nós se não voltarmos a ser inocentes. Ai de nós se deixarmos uma criança se perder nesse mundo hostil aos ensinamentos de Deus.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Os dois cachorros - o conflito



Certa vez um ancião índio descreveu seus conflitos internos da seguinte maneira:

- Dentro de mim há dois cachorros... Um deles é cruel e mau e o outro é muito bom. Os dois estão sempre brigando.

Quando lhe perguntei qual cachorro ganhava a briga, o ancião parou, refletiu e respondeu:

- Aquele que eu alimento mais frequentemente...

(autoria desconhecida)

COMENTÁRIO: Essa pequena estória ilustra bem o quanto o verdadeiro católico deve ser zeloso consigo mesmo. Se quiser praticar virtudes e permanecer nelas, DEVE ALIMENTAR os bons hábitos, as boas amizades, as boas conversas. Se a pessoa alimenta mais o pecado, o vício e as coisas ruins, certamente será dominada pelo anjo mau que ganhará essa briga.

Que Nossa Senhora ajude a todos nós.

Os Macacos e Hábitos Criados


Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio, uma escada e sobre ela um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, os cientistas jogavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o pegavam e enchiam de pancada.

Com mais algum tempo, nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.

Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na sura ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto, e afinal, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram então com um grupo de cinco macacos que mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:

“Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui”.

COMENTÁRIO: Quantos de nossos jovens seguem a moda sem pensar se essa moda é boa ou má? Seguem a moda apenas por que “todo mundo” segue, e não querem ficar diferentes dos outros. Estariam nossos jovens imitando os macacos?

autoria desconhecida.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A Santa Ceia

Corria o século XV. Vivia nessa época um homem que fazia tudo, entendia de tudo! Leonardo Da Vinci. Era pintor, arquiteto, escultor, mecânico, físico, químico e, por ai fora. Naquela manhã do ano de 1486, cercado de quadros, esboços, estatuas, tintas, pincéis, estava ele retocando ou inventando ou esculpindo qualquer coisa, quando o seu criado veio lhe anunciar a vinda de mais um cliente.

“Senhor, há um frade ai fora, desejando falar-lhe”.

Dai a instantes, entrava no atelier um frade franciscano, de hábito, corda a cintura, da qual pendia um grande Rosário. Tirou da cabeça o capuz e se dirigiu ao artista.

“A paz do Senhor esteja nesta casa”.

“Amém. Pois não, reverendíssimo frei, com quem tenho eu a honra de falar?”

“Sou frei Pietro Farnese, do convento de São Francisco, ali da Vila Santa Luzia. Gostaria de lhe pedir um favor”.

“Serei muito honrado, com qualquer pedido de V.Rev.ma. Estou a disposição”.

“Bem, trata-se do seguinte: nos franciscanos, gostaríamos de ter um grande quadro da Última Ceia de Cristo no nosso refeitório. Ouvimos falar da fama do senhor e por isso...”

“Por isso, V.Revma. quer que eu pinte esse quadro, não é isso?”

“É exatamente isso, o senhor tirou-me a palavra da boca. Mas, será isso possível?”

“Sem dúvida. Somente que o meu tempo esta muito exíguo. V.Revma teria pressa?”

“Não propriamente, mas quanto tempo o senhor crê que levaria na tarefa?”

“Não tenho a mínima idéia. Posso ir fazendo com tempo que disponho, mas não saberia dizer quando ficaria pronto. No entanto, se não houver prazo para esse quadro, não tenha duvida de que farei com todo gosto. Será uma honra”.

“Muito agradecido senhor Da Vinci. E, quanto ao preço...”

“Ora, não se preocupe. E a parte na qual menos penso. Minha vida esta na arte.”

“Muitíssimo grato, senhor Da Vinci. Já vou me retirando. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”.

“Para sempre seja louvado”.

O frade saiu imediatamente Da Vinci começou a imaginar como seria o quadro da Última Ceia. Pensou nos personagens, nas vestimentas daquele tempo de Jesus, no Cenário. Deixou que tudo fosse amadurecendo no seu espirito com o tempo.

Começaram a surgir na tela branca linhas e riscos confusos de pessoas e objetos. Aos poucos os rostos vão tomando vida, as túnicas, a cor o cenário, a forma. Assim, os ágeis pincéis de Da Vinci vão retratando a São Pedro, a São Tiago, a São João, a São Tome. Mas...dois rostos ficaram vazios de suas formas o de Cristo e o de Judas.

Da Vinci queria que essas duas figuras fossem retratadas de modelos vivos, de maneira que pudessem personificar bem as figuras de Um e de outro.

“Quero pintar Cristo de uma pessoa que traga as qualidades morais espelhadas na face: majestade, pureza, justiça, bondade, sabedoria... Quanto a Judas, preciso de uma pessoa que retrate no seu rosto toda a carga de hediondez, de baixeza, de traição, de canalhice, de mesquinhez, de tudo isso junto, enfim. Onde encontrar tais figuras? Bem, procuremos por ai...”

Deixou o atelier, e foi andando, andando... Cada pessoa que via, Da Vinci examinava atentamente, analizava profundamente. Não estava fácil achar o modelo desejado. Dias, semanas e meses se passavam. A procura continuava.
Três anos após, já desanimado, entrava numa igreja para descansar. Sentou-se no último banco e olhava para os vitrais, para as imagens, para as pinturas. De repente, chamou-lhe atenção uma pessoa que estava no primeiro banco: imóvel, contemplativo, bem posto, rezava fervorosamente.

“Deve ser um bom moço... seu aspecto é excelente... como é piedoso... demonstra pureza. Talvez...”

Finalmente o moço levantou-se e dirigiu-se a saída. De fato, o jovem em seu rosto dizia tudo. Era o modelo ele procurava. Da Vinci foi-lhe ao encalço rapidamente.

“Senhor! Senhor! Um instante por favor!”

“Sou eu quem o senhor chama?”

“Exatamente. Precisaria falar com o senhor, se não se incomodar.”

“Pois não, em que posso lhe ser útil?”

Da Vinci contou o seu projeto a Pietro Vandinelli, assim se chamava o moço.

“Bem... Não sei se... se a minha figura serveria de modelo... de modelo para tão... Sagrada Figura”.

“Serve, sim. Então aceita?”

“Bem... eu...”

“Está feito... O senhor será o meu modelo. Comecemos hoje, agora mesmo, no meu atelier. Vamos senhor Vandinelli”.

E assim foi.
Sentado, imóvel, o rosto de Vandinelli ia sendo retratado no lugar do de Jesus. Da Vinci, por seu turno, caprichava. Belo, o majestoso, o misericordioso, o puríssimo Rosto de Jesus ia tomando forma, cor e vida. Passaram-se assim, vários dias. A cada dia lá estava o fiel modelo Vandinelli.

“Pronto. Pronto. Esta pronto. Penso que Cristo esta magnifico, graças a sua colaboração, senhor Vandinelli.”

Vandinelli, despediu-se e seguiu o seu caminho.
Da Vinci iria começar a procura um modelo para o seu Judas. Para o Judas. Tem de ser o pior de todos...

Viu gente de toda espécie: bêbados, devassos, ladrões, debochados, canalhas. Não achava, porem, o que queria: alguém que reunisse todos os defeitos de Judas. Procurou... Procurou... Por vinte longos anos.

Um dia cansado, entra numa taberna para tomar um pouco de vinho.

“Meu Deus, como está difícil. Que faço? Retrato qualquer um? Ficaria sem expressão. Invento? Não. Sairia um Judas artificial. Que faço? Que faço?... Que barulho lá dentro! Que grito! Que horror! Quem será esse miserável infeliz?”

Da Vinci parara de beber para reparar no trapo humano que era enxotado nesse instante para fora da taberna: sujo, rasgado, ferido, horrível, cabeleira, barba imunda... cara horrível! Bêbado, boca retorcida de vícios, olhar fundo de degeneração enorme, gritava, blasfemava, resmungava, dizia coisas horrorosas.

“Que ser horrível! Quem seria?”

Aos tapas e pontapés aquele mísero ia sendo enxotado. Da Vinci estremeceu diante de tanta baixeza e degradação moral.
Ai estaria um Judas perfeito. Isso mesmo.

“Vamos, venha comigo”.

O mau cheiro do homem era insuportável, mas, paciência.

“Largue-me... Saia dai... não amole”. Dizia o bêbado proferindo uma enxurrada de palavrões.

“Eu cuidarei de você. Venha comigo até minha casa. Ali você terá comodidade e conforto.”

Assim, de mau jeito, Da Vinci levou aquele resto de gente para seu atelier. Sentou-se num cômodo banco, e enquanto o cafajeste dormia a sono solto, pintou o rosto de Judas, a tarde toda, a noite toda.

Amanhecia. O horizonte todo avermelhado anunciava já o despontar do sol.

“Terminei. Ainda bem. O “Judas” já esta acordando”.

“Minha cabeça. Que dor! Onde estou?”

Aquietou-se um pouco, levantou os olhos, começou a olhar e examinar, curioso. Assim divagou um pouco os olhos. Aos poucos, foi tomando conta com a realidade. Com olhos, ainda meio embaçados, tornava a olhar tudo. Esfregou os olhos.

“Que... Quem e você?... Onde estou?”

“Sou Da Vinci. Você ajudou-me a pintar um quadro”.

“Deixe-me ver isso. Minha cabeça! Como dói!”

Levantou-se e caminhou cambaleando em direção a “Última Ceia”. Olhou, olhou... e foi arregalando os olhos. Depois olhou para Da Vinci e as lágrimas começaram a correr-lhe pelos olhos. Tapou a cara e começou a soluçar, diante da surpresa de Da Vinci. Foi assentar-se e chorava, chorava.

“Você sabe quem sou?” - perguntou o bêbado.

“Não. Só sei que você foi muito útil para mim. Ajudou-me muito.”

“Pois bem. Olha-me! Hoje me pintou como Judas mas há vinte anos atrás... posei-lhe como Jesus.”

“Como? Meu Deus, que horror!” - indignou-se Da Vinci. - “Que aconteceu, senhor Vandinelli?”

Vandinelli contou entre lágrimas e soluços, que tendo parado de rezar, tendo aderido as más companhias, não perseverara na virtude, rolando de pecado em pecado, de vicio em vicio até chegar no lastimável estado em que se encontrava, rolara de Jesus a Judas. O famoso quadro de Da Vinci ainda hoje se encontra no Museu de Florença para quem quiser vê-lo.

(revista "O Desbravador" - Orgão do Gremio Santa Maria)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Paz de Deus



Anualmente, havia um grande concurso dos maiores pintores do mundo. Selecionaram os três melhores e apresentaram a estes o tema: A PAZ DE DEUS. Os pintores teriam que expressá-lo da melhor forma possivel, para isso deram-lhe as melhores tintas, os melhores pincéis, as melhores telas. Enfim, era um grande campeonato.

O primeiro desenhou a praia, muitos pássaros,muitos coqueiros, uma paisagem onde todos gostariam de estar.

O segundo desenhou uma casa de campo belíssima e nessa casa tinha um terraço lindíssimo e nele um homem deitado sobre a rede bem sossegado.

O terceiro desenhou uma tempestade com raios, o mar bravio e muitas rochas e lá no meio um ninho de passarinhos e a mãe dando de comer aos seus filhotes, como se nada pudesse perturbá-la, em uma calma admirável.

(Livro: Histórias que Evangelizam - Gilberto Gomes Barbosa)

Qual das três pinturas representaram bem a Paz de Deus?
Nada abala uma alma que tem Deus no coração.

Vale a pena lembrar as aspirações de Santa Teresa:

"Nada de pertube, nada te espante.
Tudo passa, só Deus não muda.
A paciencia tudo alcança.
Quem tem a Deus, nada lhe falta.
Só Deus basta."

(extraído do Blog Casa Pia dos Santos Anjos)

sábado, 24 de julho de 2010

Pobres Ricos

Pobres ricos – O autor de “Carnard Souvage”, o escritor Henrik Ibsen, insurgia-se contra o poder ilimitado do dinheiro. Certo dia desabafou:

“O dinheiro pode ser a casca de todas as coisas, mas não o cerne. Traz-nos o alimento, mas não o apetite; o médico, mas não a saúde; relações, mas não amigos; servidores, mas não o devotamento; momentos de alegria, mas nem a paz de alma, nem a felicidade.”

E pensar que tem gente que vende a alma por dinheiro. As almas destes certamente valem uma “casca”.

(fonte: Boletim da Frente Universitária Lepanto, numero 6 - Post Modernidade)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quem não tem uma espada, venda seu manto e compre uma

Depois do que já se disse neste Blog, algumas pessoas me perguntaram sobre o real sentido da caridade cristã. E também me colocaram a seguinte questão: se a corrupção do mundo moderno já não corrompeu também o significado de caridade cristã.

Esclareço que ser caridoso, não significa ser pacifista, e nem tolerar o erro. Com os homens de boa vontade - todo sacrifício vale a pena. Com os de má vontade que Deus utilize sua Infinita Justiça. Pelos idos anos de 1800, quando o Beato Papa Pio IX reinava no Trono de Pedro, ele disse: "O Homem se encontra tão afastado de Deus, que é preciso catequizá-lo novamente."
Imaginem. Em pleno século XIX!!!!!
Quem diria no mundo de hoje onde esqueceu-se totalmente da religião e o homem cada vez mais só pensa nos prazeres desta vida, e por isso CRIOU (MELHOR SERIA DIZER: INVENTOU) UM DEUS A SUA MANEIRA, que não pune, que não vinga, que é sempre bondoso e perdoa tudo. Então "podemos pecar a vontade.... pois Deus é muito bom e não pune ninguém"... Inferno ? Ah! Isso é uma coisa do passado... Hoje em dia, nem confissão precisa... é só ter bom coração que Deus perdoa tudo.... INFELIZES OS QUE PENSAM DESSA FORMA.

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, É VERDADEIRAMENTE DEUS, E JAMAIS FALHOU NA CARIDADE CRISTÃ, NEM MESMO QUANDO CHICOTEOU OS VENDILHÕES DO TEMPLO.

Conto uma pequena história para exemplificar uma citação do evangelho:


São Venceslau, príncipe da atual Republica Checa, era filho de Wratislau e de Draomira. Era um príncipe cristão e como tal conduziu seu povo nos princípios do cristianismo.
Falecendo seu pai, sua mãe – mulher má e anti-cristã – desencadeou uma grande e desumana perseguição aos cristãos, tirando o seu próprio filho do trono à força.Mas São Venceslau ainda continuava perseverante ao cristianismo e isso atraiu o ódio de sua mãe Draomira que estava tão transtornada de ódio que juntamente com seu outro filho Boleslau arquitetou um plano diabólico para acabarem com sua vida. No dia 28 de setembro de 929, durante a festa de batismo de seu sobrinho, enquanto todos festejavam, Venceslau retirou-se para a capela para rezar. Draomira sugeriu ao filho Boleslau que aquele seria o melhor momento para matar o próprio irmão. Boleslau invadiu a capela e apunhalou o irmão no altar da igreja.

Daí, compreende-se bem o que Nosso Senhor disse:

"Julgais que vim trazer a paz à terra? Não, vos digo eu, mas a divisão; porque de hoje em diante, haverá numa casa cinco pessoas, divididas três contra duas, e duas contra três. O pai contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora, e a nora contra a sogra" (Luc. XII, 51-53).

"Não julgueis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada. Porque vim separar o filho de seu pai, e a filha de sua mãe, e a nora de sua sogra. E os inimigos do homem serão os seus próprios domésticos" (Mt. X, 34-36).

"Agora, quem não tem uma espada, venda o manto e compre uma" (S.Lucas XXII, 36)

"Maldito aquele que não ensangüentar a sua espada" (Jer. XLVIII, 10)


Apóstolo São Tiago com a espada lutando contra os mouros.

sábado, 17 de julho de 2010

Construindo Instrumentos Musicais Antigos

Roberto Holz, meu amigo pessoal, construiu duas flautas para mim, ambas do período Barroco. Flautas maravilhosas com uma sonoridade inimaginável. Voces querem conhecer a casa do meu amigo?

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nossa Senhora da Defesa

Para quem viaja para a Ilha da Sardenha (Itália) e visita a Catedral de Ozieri em Sassari, vai encontrar este belíssimo quadro de Nossa Senhora da Defesa.

A história de Nossa Senhora da Defesa é magnífica. Vejamos:

Durante o inverno, no ano de 1410, na época das imigrações, um exército de godos invadiu a bacia de Ampezzano, na Itália. Os habitantes se reuniram para se defender. Como se sentiram sem defesa, e eram homens tementes a Deus, invocaram Nossa Senhora e Ela apareceu num trono sobre as nuvens com uma espada na mão.
Quando os inimigos estavam prontos para atacar, Nossa Senhora desceu sobre aquele lugar. As nuvens debaixo de seus pés causaram uma escuridão tão grande que os inimigos não se reconheciam e se confundiam, entrando em luta contra si mesmos, até se destruírem.

(Storia di Nostra Signora della Difesa, da Cattedrale Ozieri -Sassari)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Os Três Amigos do Homem




Era uma vez um homem que tinha três amigos. A todos dedicava grande interesse e não os esquecia um só momento.
Um dia o homem foi chamado a comparecer ao Tribunal perante o grande Juiz.
Assustado, na incerteza do que poderia acontecer, procurou o primeiro amigo e pediu-lhe auxílio.
- Nada posso fazer em teu favor - respondeu o primeiro amigo. - Pagarei apenas as despesas de tua viagem!

O homem recorreu ao segundo. Este lhe disse:
- Tenho muito medo desse Juiz que vai decidir sobre teu destino. Só posso levar-te, meu caro, até a porta do Tribunal.

Diante do embaraço em que se achava apelou o homem para o último amigo que lhe restava.
O terceiro amigo atendeu sem hesitar ao pedido do homem: acompanhou-o até a presença do Juiz e esforçou-se com dedicação e carinho pela sua absolvição.
Sabe quais são os três amigos do homem?
O primeiro é o Dinheiro. O segundo, a Família e o terceiro, as Boas-Ações.
Quando o homem morre e é levado ao tribunal de Deus, o Dinheiro não o acompanha; a Família vai levá-lo até ao cemitério. As Boas-Ações é que vão com ele ao Supremo Julgador.
autor: Malba Tahan - Lendas do Céu e da Terra
gif: http://www.gifsbyoriza.com/

sábado, 10 de julho de 2010

Amor ao Próximo


O IRMÃOZINHO
Uma menina chinesa conduzia às costas um pequenino de dois anos de idade.
Ao vê-la passar, vergada ao peso daquela carga, um sacerdote perguntou-lhe:
- É pesado, menina?
- Não senhor - respondeu ela muito viva. - É meu irmão!

Que linda resposta a desta menina!
Atentai no profundo ensinamento que suas palavras encerram!

Como parece suave a carga quando levamos ao ombro o irmãozinho querido!
Do mesmo modo, se seguíssemos fielmente os preceitos evangélicos, seríamos induzidos a dispensar a caridade a todos os nossos semelhantes. E o sacrifício, em proveito do próximo, se tornaria muito leve, pois que seria feito por um irmão.Ó Jesus, divino Modelo da caridade, dai-me aqueles puros sentimentos de amor ao próximo de que nos deixastes tão admiráveis exemplos; fazei, Senhor, que eu ame santamente os meus semelhantes por amor de vós, que nunca deles suponha mal, que lhes acuda em suas necessidades, e que, sofrendo suas fraquezas neste mundo, por amor de vós, possa um dia cantar com eles vossos louvores no Céu!
Autor: Malba Tahan "Lendas do Céu e da Terra"

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Amigo até na Guerra


- Meu amigo não voltou do campo de batalha, senhor. Solicito-lhe permissão para ir buscá-lo. Disse um soldado ao seu tenente.

- Permissão negada, replicou o oficial. Não quero que arrisque a sua vida por um homem que provavelmente está morto.
O soldado, ignorando a proibição, saiu, e uma hora mais tarde regressou, mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo.

O oficial ficou furioso:
- Já tinha lhe dito que ele estava morto!!! Agora eu perdi dois homens! Diga-me valeu a pena trazer um cadáver?

E o soldado moribundo, respondeu:

- Claro que sim, senhor! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e pode me dizer: Tinha certeza que você viria!

Amigo é aquele que chega quando todo mundo já se foi.
(autoria desconhecida - copiada da apostila "Histórias e Estórias" de Jorge de Almas Castelos)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sonho e Pesadelo

O Revendíssimo Padre David Francisquini da Igreja Imaculado Coração de Maria, na cidade de Cardoso Moreira - Rio de Janeiro, escreveu recente artigo sob o título "Sonho e Pesadelo", o qual lí e recomendo a todos. O Blog do Reveredíssimo Pe. David mereceu destaque especial na Irmandade dos Blogs Católicos.

Confiram, leiam e divulguem:




segunda-feira, 5 de julho de 2010

Velhice

"Mãe com seus filhos"
(quadro do pintor francês William-Adolphe Bouguereau)

Ana Cintra conta que seu filho pequeno, com a curiosidade de quem ouviu uma nova palavra mas que ainda não entendeu seu significado perguntou-lhe:

- Mamãe, o que é velhice?

Na fração de segundo antes da resposta, Ana fez uma verdadeira viajem ao passado. Lembrou-se dos momentos de luta, das dificuldades, das decepções. Sentiu todo o peso da idade e da responsabilidade em seus ombros. Tornou a olhar para o filho que, sorrindo, aguardava uma resposta. Ela disse:

- Olhe para meu rosto, filho... isto é a velhice.

E imaginou o garoto vendo as rugas e a tristeza em seus olhos.
Qual não foi sua surpresa quando, depois de alguns instantes, o menino respondeu:
- Mamãe! Como a velhice é bonita!

sábado, 3 de julho de 2010

Os dois Amigos

Amigos morando numa cidade do Interior da França, cresceram juntos. José e Pedro gostavam de brincar, correr pela estrada empoeirada e muitas vezes iam até o rio ficar admirando toda aquela vegetação exuberante.

Chegando a maioridade ambos resolveram ingressar num seminário da cidade vizinha e lá estudaram e foram ordenados Sacerdotes. Padre José era tímido, quieto, e por isso sempre ficava desprezado pelos outros. Já Padre Pedro era falador, alegre e todos gostavam de ser seu amigo. Sendo designado para uma Igreja de uma cidade maior Padre Pedro foi se despedir de seu amigo, mas olhando para ele, tão humildezinho, ficou com dó e resolveu leva-lo consigo.

E assim foi. Padre Pedro se destacava em seus sermões, todos lhe admiravam e queriam sempre conversar com ele para ouvi-lo falar. Porém Padre José – coitado – sempre ficava olhando e quieto. O prestígio do Padre Pedro foi crescendo cada vez mais e sempre ele era transferido para uma Igreja maior, até chegar a ser Padre de uma grande Basílica. E sempre, para todo lugar que ia, levava consigo seu amigo Padre José que lhe auxiliava. Padre Pedro pensava: "Esse meu amigo é um pobre coitado, não sabe fazer nada, levo ele comigo para ajudá-lo, pois se dependesse apenas de si próprio jamais sairia daquela humilde cidadezinha natal."


Um dia Padre José teve um infarto e faleceu. A tristeza foi grande. Padre Pedro chorou muito, pois por toda uma vida foi seu companheiro.
No entanto, depois do falecimento do Padre José, os sermões do Padre Pedro começaram a ficar entediosos, cansativos e já não conseguia mais o prestígio de grande orador.
Isso lhe causou grande tristeza. O que afinal lhe sucedera?
Uma noite, tendo se recolhido para dormir, estava terminando suas orações e pediu para Nossa Senhora lhe ajudar. A noite já ia longe... e Padre Pedro adormeceu com o terço nas mãos. Em sonhos, seu anjo da guarda lhe apareceu e lhe disse:
- Padre Pedro, não sejas orgulhoso. Não atribua para si o mérito que não tem. Enquanto você pregava eloqüentemente, seu amigo o Padre José estava rezando e fazendo penitência por ti. E era pelos méritos dele que você recebia graças especiais para fazer seus sermões que atraíam multidões. Se queres saber a verdade, não eras tu que atraía multidões com suas palavras, mas Padre José com suas orações e sacrifícios. Agora que ele não está mais contigo, não há mais quem reze e faça penitência pelo seu orgulho.
Depois disso o Padre Pedro acordou assustado com aquela mensagem esclarecedora e compreendeu que a vida interior é muito mais importante e que quem reza muito Deus dá muito, quem reza pouco não pode desejar muito.


quinta-feira, 1 de julho de 2010

Curiosidade dos Instrumentos Musicais Antigos

Na História de São Francisco de Assis, observamos um fato muito bonito. São Francisco estava rezando ajoelhado, quando um anjo lhe apareceu com um violino na mão. Ele olhou para o anjo e este pegou o arco e deslizou sobre as cordas. O som emitido foi tão celestial que São Francisco comentou posteriormente: "se o anjo tivesse voltado o arco e emitido outro som, minha alma certamente despregaria do meu corpo e iria até o céu".

Para quem já viu alguma apresentação de Música Antiga com instrumentos de época, fica admirado com os instrumentos musicais. Hoje em dia há lutiers (construtores de instrumentos musicais) especializados na matéria.
A Trompa, tão cheia de história, tão utilizada na "caça a raposa" e em tantas outras ocasiões, tem uma sonoridade toda especial. Abaixo estão as fotos da evolução da Trompa até nossos dias:







Já outros instrumentos antigos, como o misterioso oboé com sua sonoridade especialíssima tem uma família de instrumentos. São também instrumentos de sopro, mas com palhetas dupla.

Vejamos a família do oboé antigo:
Quem não conhece a tão famosa flauta doce? Muitas crianças a tocam. Mas também há profissionais de grande porte que executam musicas lindíssimas com a família da flauta doce. Há as flautas medievais, as medievais regionais, as flautas renascentistas e as barrocas, todas com suas famílias desde a sopranino (pequenina) até a contra-baixo (muito grande):

Abaixo veremos a maior flauta doce encontrada na história da flauta:


SOBRE O MILAGRE DO ANJO E O VIOLINO LEIA:

http://almascastelos.blogspot.com/2010/8/docura-do-ceu.html